— Ora, você não sabe. A Sancha provoca. Maninha anda desconfiada que ela lhe deita vidro moído na água, e na panela... é uma coisa ruim. E ladra, ih! Você sabe o meu gênio, não sei guardar chaves... Pois é raro o dia em que a Sancha não me fique com alguns tostões das missas... Maninha corrige-a para bem dela. É um sacrifício... Eu não teria paciência para a aturar.
— A Sancha vai amanhã comigo para casa.
— Está doida, menina! e quem nos há de fazer o serviço?
— Aluguem uma mulher.
— Ruth... você é muito criança... não pense na Sancha. Ela faz tudo quanto pode para excitar maninha... Eu se sigo, é porque sei. Ainda ontem queimou-lhe de propósito os chinelos novos, com o pretexto de os ir secar ao fogo. A minha roupa, lava ela; a da maninha deixa-a apodrecer na beirada do tanque. É uma coisa ruim!... não pense mais nela. Durma...
Mas Ruth não podia dormir; e quando de madrugada a tia Joana se levantou para ir à missa das Almas, ela saltou da cama, para ir também.
Antes de saírem, foram à cozinha procurar