— Mas cada vez mais maliciosa...
Nina não respondeu; mandava o copeiro servir o café à sala. Lia e Rachel entraram arrastadas pela Noca, tentando morder-lhe as mãos, muito pirracentas.
— Já viram só estas meninas como estão! Bem, D. Nina! dê todos os sonhos a Ruth.
Nina elevou, sorrindo, o prato de sonhos em direção a Ruth, que se balançava em silencio numa cadeira, e então as crianças avançaram para a mesa, à espera do café.
— Ora graças!
Engulido o café, Terezinha declarou:
— Tenho muito que fazer; adeus, vou-me embora!
As gêmeas fugiram também, com as mãos cheias de sonhos, para o jardim; Nina e Ruth ficaram sós, muito caladas, ouvindo as moscas voejar sobre os restos açucarados dos pratos.
De repente, Nina:
— Em que é que você está pensando, Ruth?
— Na Sancha.
— Que idéia!
— É que ninguém sabe! fui eu que disse à Sancha que fugisse. Tive tanta pena dela! Tia Itelvina é má: batia na negrinha com vara. Eu vi. A Sancha nem parecia gente; suja,