lucros. Relendo cifras, escrevendo cartas, formulando projetos, e observando atentamente o seu trabalho e o alheio, tornara-se um negociante conhecedor do que tinha sob as mãos, e um homem limpo, a quem a sociedade recebia bem.

Não pudera ser menino, não soubera ser moço, dera-se todo à deusa da fortuna, sem perceber que lhe sacrificava a melhor parte da vida. Para ele, o Brasil era o balcão, era o armazém atulhado, onde o esforço de cada indivíduo tem o seu prêmio.

Fora do comércio não havia nada que lhe merecesse o desvio de um olhar...

Tempos de amargura e de esperança, aqueles!

Relembrando o passado, Francisco Teodoro procurava em si mesmo elementos com que pudesse bater influências e opor-se às especulações de afogadilho; devia encontrá-los espalhados pelos dias ásperos da incerteza e os macios da prosperidade.

Esta retrospecção agradou-lhe; fixou vários períodos.

O tempo em que morara em um sobradinho do beco de Bragança, sombreado pelo beiral muito estendido do telhado coberto de