Francisco Teodoro esteve longo tempo a olhar, ora para uma filha, ora para outra. Como eram bons aqueles leitos, como era espaçoso aquele quarto, como eram finos aqueles sapatinhos que descansavam vazios sobre o tapete, e como cheiravam bem aquelas sainhas bordadas e aqueles vestidos brancos que estavam ali atirados para as costas de uma cadeira! E não poderiam crescer assim as suas filhas, com aquele conforto de luxo! Dias depois sairiam do seu palacete, e iriam... para onde? que os esperaria a todos?

Francisco Teodoro curvava-se para beijar Rachel, quando sentiu passos; voltou-se assustado. Era Noca que entrava com um copo de leite. A mulata, que vinha deitar-se, recuou espantada. O negociante explicou:

— Pareceu-me ouvir gemer: vim ver o que era.

— Tão sonhando... às vezes basta mudar de posição e ficam logo quietas...

— Sim, estarão sonhando... queira Deus que os sonhos sejam bons...

— Elas não têm nada! Tão frescas... apalpe só, pra vê...

— Sim, deixe-as dormir... olhe por elas... olhe por elas!

Francisco Teodoro saiu do quarto com