viu e os cumprimentou com um adeuzinho de mão.

Francisco Teodoro nem tocou no chapéu e murmurou com ódio.

— Cão!

— Vai para a Europa... segue diretamente para Londres, num paquete da Nova Zelândia, amanhã.

— Com o meu dinheiro...

Negreiros engoliu uma palavra qualquer, afagou o nariz e depois, corando um pouco, aproximou-se mais de Teodoro e murmurou:

— Se precisar de mim... os amigos são para as ocasiões...

Francisco Teodoro estremeceu e apertou-lhe a mão com força; houve nos olhos de ambos como que o brilho passageiro e eloqüente de uma lágrima. Vinha um bonde; o negociante tornou a sacudir em silêncio a mão de Negreiros e partiu.

No largo da Carioca, ao esperar outro bonde que o levasse à casa, Francisco Teodoro topou com a baronesa da Lage, farfalhante nas suas sedas e vidrilhos; quis evitá-la, não pôde: a moça estendia-lhe a mão enluvada, sorrindo-lhe através do veuzinho.

— Sabe? Papai escreveu-me. Paquita