de um herdeiro. Teria um rapaz, que usasse o seu nome, seguisse as suas tradições e fosse, sobretudo, um continuador daquela casa da rua de S. Bento, que engrandeceria com o seu prestígio, a sua mocidade, bem assente no apoio e na experiência paterna. O filho seria a sua estátua viva, nele reviveria, mais perfeito e melhor. Esse ao menos teria infância, seria instruído.
E tanto aquela idéia o perseguia, que num domingo de sol abriu-se ao Matos, que acolheu com ar solene e discreto as confidências do amigo.
Lembrava-se muito bem da cara com que o outro lhe respondera:
— Sei o que você quer. Tivemos aqui na vizinhança uma família que está mesmo ao pintar... Gente pobre, mas de educação. A filha mais velha é a que lhe convém. Bonita e grave. Muito digna.
Francisco Teodoro murmurou:
— Pois uma mulher assim é que me servia.
— O diabo é que elas vão de mudança para Sergipe...
Então acabou-se.
— Não se acabou tal. Por enquanto estão hospedadas em casa de umas tias, no Castelo.