casa estava em silêncio; as crianças dormiam, e Nina, não vendo Ruth nas salas, julgou-a recolhida e desceu devagar ao escritório do tio, que achou escrevendo na sua larga secretária.
— Dá licença, tio Francisco?
O negociante encobriu depressa com o braço o papel em que escrevia, e respondeu:
— Pode entrar.
E Nina entrou, embaraçada, percebendo o movimento do tio.
— Que quer você?
— Quero pedir-lhe um favor...
— Eu ainda os poderei prestar?!
— Oh! tio Francisco!
— Diga lá.
— Tenho vergonha... eu...
— Diga, diga.
Nina sentiu impaciência na voz do tio, e resolveu-se:
— Quero pôr em nome de suas filhas a casa que o senhor me deu. Ela é pequena, mas caberemos todos lá, se...
Nina corou; o tio contemplou-a em silêncio, depois, sentindo que as lágrimas lhe corriam em fio pelo rosto, disse:
— Fez você muito bem em dizer-me isso; eu precisava chorar. Bem vejo que não há