Nina ofereceu Collares à tia, que bebeu pouco, sem nem ao menos indagar a proveniência daquele vinho, também, soube-lhe mal, bebido por um copo de vidro, e lembrou-se com pena das suas garrafas de cristal lapidado que atiravam sobre a toalha bouquets iriados e tremeluzentes. Eram como violetas e botões de ouro que nascessem da luz e se espalhassem sobre o adamascado do linho.

O vinho viera da adega do dr. Gervásio; ninguém mais o bebeu. Lia pediu repetição do bife, Rachel exigiu batatas, e Nina, diminuindo a sua ração, encheu os pratos das primas.

O sol entrava pela janela numa larga toalha de ouro, rebrilhando no verniz novo dos móveis e nas roupas vermelhas dos japoneses retorcidos do papel.

A preta velha trouxe o café numa bandeijinha, mal arrumada, que pousou brutalmente em um canto da mesa.

Camila fechou os olhos para não ver; quando os abriu, a sobrinha estendia-lhe uma canequinha delicada, do último aparelho do palacete.

Mexendo o café, vagarosamente, a tia perguntou-lhe:

— Só veio esta canequinha?

— E uma xícara de chá; nós bebemos