Os rigores do luto trariam a todos reclusos se a estreiteza da casa e o bom senso de Nina não reagissem contra as praxes. Depois não bastava a economia, era preciso trabalhar, fazer pela vida.
Conheceram-se, pela primeira vez na família, as agruras do cálculo, o dever das restrições.
Mário escreveu lamentando ter de demorar-se em Paris; retido por uma doença de Paquita, cujo nome repetia em todos os períodos. A verdade é que na família ninguém contava com ele, e que todos dissimulavam ressentimentos, fugindo de agravar tristezas.
Noca, pronta em expedientes, arranjou depressa freguesia para engomados.
Aquilo aborrecia Camila, que não gostava de ver trouxas de roupa atravancando a casa. O ferro, a fumaça, os peitilhos das camisas alvejando ao sol aumentavam-lhe o tédio e o mal estar. A vida pesava-lhe.
Uma tarde a mulata entrou com uma novidade: tinha encontrado uma discípula de violino para Ruth, a filha de um empregado público da vizinhança.
Camila opôs-se. Ver a sua pobre filha