indecisa para o vestíbulo. Nunca se encontrara ali sozinha: Gervásio não quisera expô-la aos comentários dos seus criados; preferia ter um canto obscuro, todo destinado a ela e que nenhuma outra mulher maculasse com a sua presença ou a sua indagação curiosa.
O mesmo criado conduziu-a por um corredor atapetado, ornado de plantas, até uma sala do mesmo pavimento térreo, abrindo sobre um jardinzinho interior, onde as dracenas se empenachavam de flores.
Pediu-lhe que esperasse ali. O senhor doutor conferenciava com um indivíduo no escritório, mas ia avisá-lo.
Ela respondeu-lhe que não, não tinha pressa; ficaria até que o outro saísse...
Quando se viu só, Mila levantou o véu com um suspiro de alívio. Olhou amorosamente para tudo: nas paredes alguns quadros; uma certa sobriedade nos arranjos e nos móveis. Reconheceu numa cadeira uma almofada bordada por ela, e, a um canto, um jarrão chinês com que Francisco Teodoro presenteara o médico, após uma doença grave do Mário.
O marido! o Mário! como eles lhe fugiam para o horizonte da vida... Aquele jarrão evocava uma época feliz. O filho era então já um rapazinho atrevido, mas tão meigo,