tão lindo! o marido era forte, falador, arrebatado, ameaçando fazer cair a casa ao furor das suas rebentinas. E ela? Ela bem diferente: caseira, mal vestida, egoísta e muito severa para as faltas alheias... Prodigalizava-se pouco, o próprio marido não obtinha dela mais do que o carinho frio, de condescendência; não por mal, não por propósito, nem sabia porque...
Fora Gervásio que lhe ensinara a enternecer-se, a reprimir as suas cóleras, a perdoar as fraquezas dos outros, a embelezar a sua casa, a sua pessoa, a sua vida, a querer bem a todos, com inteligência e com consciência. Antes não o houvera conhecido; ela talvez não tivesse sido boa para ninguém, mas teria sido honesta e não conheceria o sofrimento.
Com os olhos parados nas figuras policromas do jarrão, Camila relembrava todo o martírio do seu amor, nascido pouco a pouco da intimidade...
O tal indivíduo demorava-se no escritório. Ela levantou-se, foi à janela olhar para o jardim. As plantas eram finas; como no interior da casa, havia também ali uma tranqüilidade distinta. Sentia-se que os gostos e os instintos do dono sabiam subordinar-se a uma vontade forte.
Camila olhava abstratamente para as