morto de anasarca, de quem sofrera os maus tratos que, na inconsciência das bebedeiras, ele lhe ministrava.
Viviam as duas, desde crianças, na mesma casa. herança dos pais, conservando os seus hábitos de vida mesquinha, amando ideais diversos: uma concentrando-se, outra expandindo-se, consistindo para uma todo o prazer da vida em aferrolhar, esconder bens que as mãos apalpam, e para a outra só em querer bens dos céu, com que a alma sonha.
Nada sorria naquela habitação árida e velha. No quintal, nem um canteiro de flores; uma horta raquítica a um canto, algumas laranjeiras e um coradouro de grama pisada e sem viço, estendendo-se ao lado de um tanque de cimento, coberto por um telheiro de zinco. Dentro, o mesmo desconforto: salas com poucos móveis e esses antiqüíssimos, alcovas vazias e uma cozinha de tijolos desgastados pelas pancadas do machado na lenha.
D. Itelvina percebia bem que para conservação daquela casa deveria fazer-lhe grandes consertos; mas queria obter da irmã que os fizesse todos por sua conta, o que lhe parecia mais justo.
A irmã é que não olhava para os buracos dos ratos e pouco lhe importava isso, desde que