de joelhos! Neste tempo já não é fácil uma moça pobre e sem proteção encontrar um casamento assim!
— Isso é verdade... Ela também é muito boa.
— Você se lembra de quando eles moravam na Lapa, que até você levava as vezes comida da casa de pasto para dar às meninas?
A mulata sorriu com ar contrafeito e modesto, lembrando-se que não fora da Lapa que ela levava os restos dos jantares da casa de pasto do amigo, mas que subira muitas vezes a ladeira do Castelo, com a trouxinha das carnes na mão, para matar a fome de Mila e das irmãs, então hospedadas em casa de d. Itelvina.
— De quem é que você matava a fome, Noca? perguntou uma das crianças.
— De uma viúva que já morreu, emendou Noca. impelindo as duas crianças para o quintal. Vão ver a vista... vão ver os sinais dos vapores... dizia ela.
D. Itelvina olhou para as duas meninas e não pôde conter-se que não exclamasse:
— Tanta gente com fome e tanto dinheiro esperdiçado em vestidos de crianças! Mila teve sempre propensão para o desperdício... Bonitos aqueles vestidos! onde os compraram?
— Vieram de Paris...