ouro que atestasse a passagem dos anos e das mãos dos dentistas, faziam-na parecer sempre a mesma Camila dos tempos da Lapa, em que d. Inácia a conhecera.

Vendo-a descer tão bonita, o capitão Rino corou até à raiz dos cabelos e foi ele o último que se aproximou, tocando-lhe de leve nos dedos estrelados de anéis.

Nina, que espreitava de cima, achou a ocasião oportuna para mandar pelo criado a bandeja de prata com o vermute.

— Por que não subiram?

— Estamos bem. A sua Ruth tem feito as honras da casa. E como ela está crescida; já não lhe ficam bem os vestidos curtos...

— Não diga isso ao pé dela; apesar de que estou certa de que não toleraria as caudas; é muito criança e tem modos de rapaz. Não imagina, d. Inácia, que fantasia a desta menina! Não sei como se arranja, mas a verdade é que se encarrapita nas árvores com o seu violino; e faz gosto ouvi-la tocar lá em cima. Diz que é para fazer concertos com os passarinhos. Veja se eu a posso por de vestidos compridos. Que horror!

— Ah! mas é preciso perder este costume; ela já tem os seus treze anos...