— Quatorze... quase quinze! mas não parece.
— Isso de trepar nas árvores é para rapazes; uma menina de educação tem deveres...
Ruth interrompeu o discurso da velha, trazendo-lhe uma manga-rosa muito perfumada.
— Não fale mal de mim, d. Inácia; aqui tem a senhora uma fruta colhida por mim lá nos cocurutos da árvore. Se eu não tivesse ido buscá-la a senhora não a teria agora...
— Ai está...
D. Inácia cheirou a fruta, com força, cerrando os olhos papudos; e depois, voltando-se:
— Camila, você já comeu geléia de manga?
— Não me lembra...
— Pois é gostosa e fácil de fazer; olhe...
Enquanto d. Inácia desfiava a receita do doce, Camila olhava para ela, ouvindo o murmúro de outras vozes, querendo distinguir as palavras do médico e do capitão, sorrindo imbecilmente, destacando de longe em longe uma ou outra coisa, um elogio ao Netuno, da esquerda, ou um - espreme-se e põe na peneira - da direita.
Nesse dia Mário não apareceu ao jantar