exclamou assombrado! — E estes sítios são seus palácios encantados…! Que importa…! Simples mulher, fada, sereia, anjo ou o demônio, que seja, adoro-a, quero vê-la, morrer a seus pés, ou com ela aqui ficar para todo o sempre encantado…! Mas ela? Ela onde está…?
Ainda bem seus olhos fascinados não acabavam de admirar as margens encantadoras do lago, em cujo centro seu batel arfava brandamente embalado pela vaga, quando foram seus ouvidos súbita e agradavelmente surpreendidos pelas suaves modulações de uma voz de mulher, que vinha cantando ao longe as seguintes coplas:
Eu sou formosa e jovem,
Dos mares sou princesa,
Em graças e beleza
Jamais achei igual.
E vivo aqui sozinha,
Ai céus! Para meu mal.
E vivo aqui sozinha
No seio de esplendores;
Ninguém quer meus amores,
Ninguém me vem buscar.
E eu sou a mais formosa
Das filhas deste mar.
E eu sou a mais formosa.
E a mais alva açucena.