seria alguma lapa natural, provavelmente guarida de animais bravios, e continuaram em suas explorações. Mais uma centena de passos adiante depararam outra furna da mesma forma e do mesmo aspecto; mais adiante ainda outra. Começaram a cismar, e analisaram com atenção a boca da furna, não encontraram rasto algum nem de alimária, nem de homem; penetraram por ela a dentro até onde o podiam fazer sem perigo; nada viram, e nem ouviram. Não sabiam o que pensar.
Prosseguiram seu caminho, e mais adiante encontram outra furna de forma idêntica, e assim por diante outras e outras muitas. O caso tornava-se digno de atenção e próprio para inculcar sérios medos. Os índios da noite, alvos como leite e ferozes como o tigre, vieram à lembrança de todos, e a despeito da incontestável intrepidez e valentia daqueles rudes viajores afeitos a romper por todos os obstáculos e perigos, um sentimento de pavor lhes assaltou o espírito, e fez-lhes tremer o coração. É que tudo que tinham visto naquele dia e naquela região era estranho e extraordinário, e assim já não duvidavam muito, que daquelas gargantas subterrâneas surgissem monstros a devorá-los. A noite, que já vinha descendo, contribuía ainda mais para tornar pavorosa a sua situação.