Página:A ilha maldita (seguido de) O pão de ouro. (1879).djvu/83

Já a noite ia avançada; Rodrigo saltou automaticamente fora da barca e, a passos indecisos, cambaleando como um ébrio, dirigiu-se para a casa. Seus irmãos, afeitos à suas longas e continuadas ausências, já dormiam; não quis despertá-los, e passou noite febril entre sonhos sinistros e angustiosas vigílias. Tinha como certa a morte de Regina; essa gentil inimiga, a quem tanto adorava, havia sucumbido a seus olhos devorada por esse traidor oceano, que ela amava tanto, e ele não pudera salvá-la, nem oferecer-lhe o mínimo socorro…! Entretanto era ele o único responsável por tamanha desgraça, ele, que com suas loucas e importunas perseguições, a tinha forçado a arrojar-se desatinadamente por aqueles mares revoltos, onde em cada vaga a morte rugia ameaçadora. Este horrível pensamento