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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

O lavrador pareceu surprehendido. Elle imaginava que o Fidalgo e o Cavalleiro continuavam chegados e amigos... Não em Politica! Mas particularmente, como cavalheiros...

— O que? Eu e o Cavalleiro? Nem como cavalheiro nem como politico. Que elle nem é cavalheiro nem politico. É apenas cavallo, e resabiado.

O Pereira ficou silencioso, com os olhos na toalha. Depois, resumindo:

— Então está entendido, no sabbado, na cidade. E, se não faz transtorno ao Fidalgo, passamos pelo tabellião Guedes, e fica o feito arrumado. O Fidalgo, naturalmente, vae para a casa da senhora sua mana...

— Sempre. Appareça você ás trez horas. Lá conversamos com o padre Soeiro.

— Tambem ha que edades não encontro o Sr. padre Soeiro!

— Oh! esse ingrato, agora, raramente apparece na Torre. Sempre em Oliveira, com a mana Graça, que é a menina dos seus encantos... Então nem um calice de vinho do Porto, Pereira?... Bem, até sabbado. Não esqueça o beijinho para o neto.

— Cá me vae no coração, meu Fidalgo... Ora essa! Pois consentia eu que V. Ex. ase levantasse? Sei perfeitamente a escada, e ainda passo pela cozinha para debicar com a tia Rosa. Já desde o tempo do paesinho de V. Ex. a, que Deus haja, conheço bem a