A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
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V


A Gazeta do Porto, com a Correspondencia vingadora, devia desabar sobre Oliveira na quarta-feira de manhã, dia dos annos da prima Maria Mendonça. Mas Gonçalo, ainda que não temesse (resalvado pelo seu pseudonymo de Juvenal) uma briga grosseira com o Cavalleiro nas ruas da Cidade, nem mesmo com algum dos seus partidarios servis e façanhudos como o Marcolino do Independente — recolheu discretamente a Santa Ireneia na terça-feira, a cavallo, acompanhado pelo Barrôlo até á Vendinha, onde ambos provaram o vinho branco celebrado pelo Titó. Depois, para recordar os logares memoraveis em que na sua Novella se encontravam, com desastrado choque d’armas, Lourenço Ramires e o Bastardo de Bayão — tomou o caminho que, atravessando os pomares da espalhada aldêa de Canta-Pedra, entronca na estrada dos Bravaes.