trote esfalfado da parelha estacou no portão da Torre.
Ao outro dia (terça feira) ás dez horas, o Bento entrou no quarto do Fidalgo com um telegramma, que chegara á Villa de madrugada. Gonçalo pensou com um deslumbrado pulo do coração: — «É do Governo!» — Era do Pinheiro, gritando pela Novella. Gonçalo amarrotou o telegramma. A Novella! Como poderia labutar na Novella, agora, todo na impaciencia e no esforço da sua Eleição?... Nem almoçou socegadamente — retendo, atravez dos pratos que arredava, um desejo desesperado de «contar ao Bento.» E, sorvido o café n’um sorvo impaciente, atirou para Villa-Clara, a desafogar com o Gouveia. O pobre administrador jazia de novo no camapé de palhinha, com papas na garganta. E toda a tarde, na estreita sala forrada de papel verde-gaio, Gonçalo exaltou os talentos do André, «homem de governo e de idéas, Gouveia!» — celebrou o Ministerio Historico, «o unico capaz de salvar esta choldra, Gouveia!»- — desenrolou vistosos Projectos de Lei que meditava sobre a Africa, «a nossa esperança magnifica, Gouveia!» — Emquanto o Gouveia, estirado, só rompia a mudez e a immobilidade, para murmurar chôchamente, apalpando o calor das papas: