270
A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

deputados por Villa-Clara morrem; ora se, por esse bom costume, o teu Ramires morrer em breve, então entra o Pitta.»

Gonçalo recuou a cadeira:

— Se eu morrer!... Que animal!

— Oh, se morreres para o Circulo! atalhou o Cavalleiro rindo. Por exemplo, se nos zangassemos, se ámanhã entre nós surgisse uma dissidencia... Emfim o impossivel!

O Matheus entrava com a terrina de caldo de gallinha, que rescendia.

— A elle! exclamou André. E não se falle mais de Circulos, nem de Pittas, nem de Julios, nem da negregada Politica!... Conta antes o enredo da tua Novella... Historica, hein?... Meia-idade? D. João V?... Eu, se tentasse agora um Romance, escolhia uma epocha deliciosa, Portugal sob os Philippes...

 

 

Os tres quartos, depois das seis, batiam no relogio sempre adeantado da Egreja de S. Christovão, em Oliveira, quando André Cavalleiro e Gonçalo, descendo da rua Velha, penetraram no Terreiro da Louça (agora Largo do Conselheiro Costa Barroso).

Todos os Domingos, tocando n’um coreto que o Conselheiro, quando Presidente da Camara, mandára construir sobre o velho Pelourinho demolido,