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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

rijo, para que Portugal não recuasse aos tempos barbaros do João Brandão de Midões. Elle e Titó almoçaram na torre: — e Titó, á sobremesa, lembrou galhofeiramente a conveniencia d’um brinde, e bramou elle o brinde, comparando Gonçalo ao elefante, «sempre bom, que tanto aguenta, e de repente, zás, esmaga o mundo!»

Depois João Gouveia accendendo um grande charuto reclamou a representação veridica da desordem, com os pulos, os gritos, para elle se compenetrar como auctoridade. Então atravez da varanda, reviveu a historia heroica, simulando com o chicote sobre o divan (que terminou por esgaçar) os golpes que arremessára imitando os tombos meio desmaiados do valentão de Nacejas, quando já o sangue o alagava. O Administrador e o Titó visitaram na cavallariça a egoa historica; e no pateo, Gonçalo ainda lhes mostrou as duas polainas de couro seccando ao sol, lavadas do sangue que as salpicára.

Deante do portão João Gouveia bateu gravemente no hombro do Fidalgo:

— Gonçalo, vossê deve apparecer esta noite na Assembleia...

Appareceu — e foi acolhido como o vencedor d’uma batalha illustre. No bilhar, por proposta do velho Ribas, flammejou um grande punche- — e o Commendador Barros, afogueado, teimava que no domingo