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A ILUSTRE CASA DE RAMIRES

Mas, por entre o escuro tropel que o cobria, o seu corpo, todo despido, branquejava, atado com cordas mais grossas. Lentamente o seu furioso urrar esmorecia, arquejado e rouquenho. E um após outro se erguiam os bésteiros, esfalfados, bufando, limpando o suor do esforço.

No emtanto os Cavalleiros d’Hespanha, de Santa Ireneia, desmontavam cravando o couto das lanças entre o tojo e as pedras. Todos os recostos dos outeiros se cubriam da mesnada espalhada, como palanques em tarde de justa. Sobre uma rocha mais lisa, que dous magros espinheiros toldavam de folha rala, um pagem estendera pelles d’ovelha para o Snr. D. Pedro de Castro, para o senhor de Santa Ireneia. Mas só o velho Castellãose accommodou, para uma repousada delonga, desafivelando o seu corselete de ferro tauxeado d’ouro.

Tructesindo permanecera erguido, mudo, com os guantes apoiados ao punho da sua alta espada, os olhos fundos ávidamente cravados na tenebrosa lagôa que, com morte tão fera e tão suja, vingaria seu filho... E pela borda do Pego, peões, e alguns cavalleiros d’Hespanha, remexiam com virotões, com os coutos das ascumas, a agua lodosa, na curiosidade das negras bichas escondidas, que o povoavam.

Subitamente a um brado de D. Garcia, que rondava, toda a chusma de peões amontoada em torno