A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
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frecheiros, para se juntar a seu primo, o Souzão, que na vanguarda dos leonezes descia d’Alva-do-Douro.

Depois logo de madrugada o pendão dos Ramires, o Açor negro em campo escarlate, se plantára deante das barreiras gateadas: e ao lado, no chão, amarrado á haste por uma tira de couro, reluzia o velho emblema senhorial, o sonoro e fundo caldeirão polido. Por todo o Castello se apressavam os serviçaes, despendurando as cervilheiras, arrastando com fragor pelas lages os pesados saios de malhas de ferro. Nos pateos os armeiros aguçavam ascumas, amaciavam a dureza das grevas e coxotes com camadas d’estopa. Já o adail, na ucharia, arrolára as rações de vianda para os dous quentes dias da arrancada. E por todas as cercanias de Santa Ireneia, na doçura da tarde, os atambores mouriscos, abafados no arvoredo, tararam! tararam! ou mais vivos nos cabeços, ratatam! ratatam! convocavam os cavalleiros de soldo e a peonagem da mesnada dos Ramires.

No emtanto o irmão do Alcaide, sempre disfarçado em beguino, de volta ao castello d’Aveyras com a boa nova de prestes soccorros, transpunha ligeiramente a levadiça da carcova... E aqui, para alegrar tão sombrias vesperas de guerra, o tio Duarte, no seu Poemeto, engastára uma sorte galante: