a sua frente, asseverando que o governo passado “subornou jornalistas”, e que, sob essa administração, “os dinheiros públicos, para corrupção da imprensa, foram todos conscienciosamente aplicados com a compra do apoio dos jornais sérios”, excluindo ele, naturalmente por ser o mais sério de todos.
O caso das últimas emissões
Os amigos dessa presidência acudiram, recentemente, em seu socorro, a propósito do emprego da emissão de 150 mil contos, consignados às despesas militares, que se dizia estramalhada, em grande parte, com o aliciamento de folhas públicas. A defesa do exministro da Fazenda, tecida, em geral, com habilidade, pareceu a muitos concludente quanto a mostrar que do Tesoiro nada saiu senão a título de gastos com a defesa nacional.
Mas também a seiva que sobe da terra, pelas raízes, caule ou tronco acima, leva, toda ela, ao partir, o destino de alimentar a planta; e, todavia, muito daquele suco lhe vão desviando pouco e pouco, de caminho, os ladroeiros, com os quais se deixa ficar à sorrelfa boa parte do viço, insensivelmente subtraído à sua missão nutriente.
Os processos financeiros do suborno administrativo não são diversos. No Tesouro as saídas são sempre bem escrituradas. Na matriz os rótulos de cada gasto condizem, de ordinário, com as averbações do orçamento. Até os ministérios, geralmente, a distribuição vai regul