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cultura social : entra nela, como fator importante, a perda de enerjia, ocasionada por tais molestias anemiantes. Que se póde, na verdade, esperar do esforço de homens de vitalidade assim combalida, cujo sangue empobrecido não permite, por uma fórma razoavel, as mutações enerjéticas do organismo ?

IV

O meio, para nós, mais proficuo de solucionar o problema é o da obrigatoriedade do trabalho, viabilizando-a pelo estabelecimento de colonias agricolo-correcionais. Na hora atual, justifica-se de sobra que o governo do paiz aplique a mais rigorosa ação coercitiva da vagabundajem, não permitindo mais, de modo absoluto, a inatividade de quem quer que seja. Cada homem que, embalado pela fartura da terra e das aguas, de par com a simplicidade da existencia, no interior, ou habituado á facilidade de vida em profissões improdutivas, como o jôgo, nas capitais, deixar agora de concorrer, com algum trabalho util, para a coletividade, é um criminoso, que deverá ser punido da maneira mais aproveitavel, para o corrijir e servir a nação.

Realizam este duplo desideratum as colonias agricolo-correcionais. Preso o vagabundo ou o desocupado e nelas internado, deparará ai :—a) a instrução, se fôr analfabeto; b—a saúde, se fôr doente; c—o trabalho regulamentado, que lhe disciplinará o espirito e lhe trará a fortuna. Para atender a estes fins, a instituição assentará nas seguintes bases :—A colonia agricola possuirá direção militar, que pratique a disciplina militar, a cargo de um oficial, o qual terá á sua disposição a força estritamente necessaria para a rigorosa manutenção da ordem. Haverá um professor, que ministre o ensino obrigatorio. Terá um médico com o aparelhamento indispensável para o estudo e consequentes tratamento e profilaxia das moléstias rejionais. Terá um ou mais agronomos, para o ensino e prática dos trabalhos de campo. O governo mandará proceder ao cadastro de todas as terras devolutas, nas quais irá localizando os trabalhado-