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res que se educarem nessas colonias. O individuo recolhido á colonia terá direito a um salario correspondente aos serviços que fizer, como se trabalhasse em epocas normais, sendo um ferço dêsse salario utilizado como recompensa pelo ensino e manutenção do internado e dois terços capitalizados em quantia que lhe será entregue no dia em que deixar a colonia, para ocupar a porção de terra devoluta que se lhe destinar, ou para procurar trabalho de qualquer outro modo; será de novo internado, se no fim de trinta dias não estiver ocupado, seja como fôr, em serviço produtivo e prestavel.

No rumo das mesmas idéas, veio a importante «Revista de Industria e Comercio», do grandiozo estado de S. Paulo, num artigo de que tomei conhecimento, graças á recomendação do devotadissimo e venerando maranhense, sr. coronel José Pedro Ribeiro, um dos diretores-consultores da nossa Sociedade Maranhense de Agricultura. «Porque não decretâmos, diz a Revista, em lugar do serviço militar obrigatorio, uma vez que êle é desnecessario no momento, o serviço nacional obrigatorio, na agricultura e na industria ? Já que não precizâmos de fazer uma mobilização para formar um exercito de soldados, podemos fazer uma mobilização para for mar um exercito de agrícuitores e de operarios. Esses agricultores e esses operarios ganhariam soldo, e ficariam sujeitos ao rejime militar, como se fossem soldados em campanha. O governo tem terras: se não as tivesse, poderia desapropriá-las. Tecnicos competentes defenderiam a patria com tanta eficiencia como se estivessem nas linhas da frente. Nos campos, far-se-iam culturas intensivas, pelos metodos mais modernos e cientificos. Os milhares de homens empregados nessa faina gloriosa, sendo recrutados em todos os pontos do tertorio nacional, levariam, depois da guerra, a todos estados, a todos os municipios do Brazil, novas idéas novos processos de cultura, de sorte que o sacrificio redundaria, mais tarde, em fartos beneficios para o paiz. A nossa rotineira lavoura poderia, assim, encontrar uma ocasião maravilhosa para progredir. Mas não devemos