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sonho. O das sociedades secretas realizar-se-ha por uma razão muito simples,—porque funda-se nas paixões humanas. Não desanimeis, pois, com uma derrota, revez ou contratempo; preparemos as nossas armas no silencio das Vendas; assestemos as nossas baterias; lisongeemos todas as paixões, tanto as mais perversas, como as mais generosas, e tudo nos induz a crêr que este plano será bem succedido algum dia, mesmo além de nossos cálculos menos prováveis. »[1]

Eis ahi, Irmãos e Filhos em Jesus-Christo, bem manifesto, patente, escancarado, o plano tenebroso das sociedades secretas!

Nesta peça archetypa, feitura de malicia, para assim dizer, mais que humana, que acabeis de lêr, sem duvida cheios de horror e de assombro, se acham formulados com toda a clareza:

1.° O fim a que tende a Maçonaria;
2.° O meio mais efficaz, a seu ver, com que póde attingir esse fim;
3.° O methodo que deve seguir, para remover quaesquer

obices que por ventura lhe embarguem a realização do seu plano infernal;

4.° A preparação que deve ter e a marcha gradual que

deve levar.

Testemunho mais poderoso, prova mais exuberante, documento mais peremptorio não é preciso para revelar-vos toda a malicia dos negros e temerarios intentos da Maçonaria. Este documento por si só é sobremaneira eloquente,

  1. Crétineau-Joly. L’Eglise Romaine en face de la révolution, t. II, pag. 82.