— 21 —
esmagador, e basta para levar a convicção ao animo menos
credulo e mais refractario. Commentemol-o, todavia, corroborando-o
com outras provas irrecusaveis hauridas nas
mais puras e genuínas fontes da Maçonaria.
Uma observação, antes de começarmos.
Não se diga que a Maçonaria brazileira nada tem de commum com a da Europa.
Escusado parece demorarmo-nos em responder a tão frivola objecção. Porquanto já o inclyto Prisioneiro da Ilha das Cobras refutou-a cabalmente[1], já Nós mesmo a destruimos[2], já um maçon, representante da Nação, pulverisou-a no seio do nosso parlamento[3].
« A Maçonaria, diz um auctor sagrado da seita, não é de paiz nenhum; não é franceza, escosseza ou americana. Não póde ser sueca em Stockolmo, prussiana em Berlim, turca em Constantinopla, se lá existe. É uma e universal: tem muitos centros de acção, mas só um centro de unidade. Se ella perdesse este caracter de unidade e universalidade, deixaria de existir. »[4]
E pouco importa que ella se subdivida em mil sociedades mais ou menos secretas, mais ou menos revolucionarias, mais ou menos impias, tomando diversos nomes, segundo as circumstancias de tempo e lugar. Não é porque se denomine Carbonaria, Illuminismo, Joven Italia, Joven França, Joven Allemanha, etc., que