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Da mesma sorte pensam os irmãos Rebold, Crémieux, Ragon, L. Blanc, Verhaegen; pois sustentam que, sendo as constituições maçonicas meros regulamentos, acima dellas estão os principios da Maçonaria; e que, por conseguinte, póde ella envolver-se, como já o tem feito, nas lutas religiosas e politicas. Negal-o, accrescentam, seria calumniar a historia.[1]
Como estes, amados Filhos, facil, facillimo ser-nos-hia adduzir uma infinidade de outros documentos, demonstrando á toda a luz da evidencia que, em vez de conservar-se estranha, como inculca, a Maçonaria envolve-se por demais em eleições, governos, negocios públicos, em todas as questões, em summa, politicas e religiosas que se ventilam no seio da sociedade. Mas, para não sermos demasiado prolixo, forçoso é restringirmo-nos aos dous pontos capitaes.
1.° — A abolição da religião catholica, a negação completa do Catholicismo é o fim supremo da Maçonaria. Provemol-o com outros documentos: invoquemos o testemunho dos auctores maçons mas assignalados, cujos escriptos são, na seita, de grande auctoridade e como que sagrados.
« A Maçonaria, diz o irmão Franz-Faider, está acima das religiões e das constituições, quaesquer que sejam as suas formulas. A Maçonaria é para nós a religião verdadeira e sublime, que nosso coração ambiciona. »[2]