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— Ora Deus seja aqui! Tão grande é o dia como a romaria, sr. Augusto! Ainda ninguem o viu hoje!... Disseram-me que tinha ido de manhã para casa do tio Vicente; vou lá... estava um mundo de gente no sitio... Mas qual sr. Augusto, nem tio Vicente! Então com que escorraçaram-n’o do seu ninho?... Pobre homem! A falar verdade, n’essa idade! Já sei que vem para casa do nosso Augusto. Hontem vi para ahi entrar os fardeis. Ainda bem que o temos por vizinho... Faremos boa camaradagem... Olhe que tambem fizeram-n’a fresca com o tal projecto de estrada! Uma coisa assim!... Coisas cá do sr. conselheiro! Vae-se fundir um dinheirão na tal estrada! E já por ahi se rosnam coisas! Emfim, politicos! politicos! Todos são os mesmos... Vae por ahi uma poeira dos meus peccados com a ordem a respeito do cemiterio; e com a historia do Herodes! Sabem que elle esteve hontem para matar o missionario?... E valha a verdade, dizem que por ordem de alguem do Mosteiro... Que eu não acredito, mas emfim, aquella historia no sermão do outro dia... E o tal sr. Henrique, que é unha e carne com elles... Elle será muito boa pessoa, mas não me calha... Lá feliz, isso como não sei de outro, com dinheiro e sem cuidados! E sempre se faz o casamento d’elle com a morgadinha?... Ouvi dizer que sim.

O herbanario levantou os olhos para fitar Augusto; a apparente impassibilidade d’este não illudiu o velho.

O Pertunhas não se exgotára ainda:

— Ora agora, quem anda fulo é o brazileiro, o Seabra. Pelos modos, eu não sei o que ahi houve; o conselheiro não o tratou muito bem, dizem, n’uma carta que escreveu ao ministro, ou creatura do ministro. Umas historias muito complicadas, que eu não entendo, mas que promettem dar de si... Veremos em que ficam as eleições este anno... O conselheiro bem pode trabalhar, senão... Elle cuidava