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— Mas emfim, expliquemos mutuamente a nossa presença aqui.

— N’esse caso é justo que fale primeiro Christina.

— Que hei de eu dizer?

— Explica a tua presença aqui. Então não ouviste o primo Henrique?

— Ora, já o sabem.

— Mas talvez não lhe seja desagradavel ouvil-o outra vez da tua bôca.

— Não, não, a minha vinda, essa não tem que explicar.

— Que diz, primo Henrique?

— Não tenho coragem para pedir mais do que tenho pedido já.

— Pedido e obtido, pode accrescentar. Bem, Christina veio aqui trazida por um sentimento de piedade e de...

— Lena!

— Assim mesmo sempre seria curioso ouvir a narração dos sustos que ella sentiu por o caminho desde o Mosteiro até aqui. O Torquato não era decerto bastante para lhe limpar a estrada de visões e malfeitores.

Christina poz-se a rir.

— Mas vamos ás explicações da presença dos mais. A Christina avisou o Torquato, o Torquato avisou o primo Henrique...

— Eu?!

Christina olhou para o velho com um meigo gesto de reprehensão.

— Se eu o soubesse!...

— Eu... eu não disse... eu... só disse...

Henrique tomou a palavra.

— Torquato não é de todo o culpado. Pois acha que não haveria em mim alguma coisa que me ajudasse a adivinhar? Torquato atraiçoou-se involuntaria, inconscientemente. Mas quanto á prima...

— Eu? Soube-o tambem do Torquato.