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com um terceiro, e, sempre que era possivel, distribuiam listas ao maior numero.

O brazileiro era a alma do partido governamental. O Tapadas capitaneava a phalange do conselheiro. Pertunhas falava com todos, esfregando as mãos e sorrindo. O regedor passeiava com importancia por entre os grupos, recommendava ordem e respeito ás auctoridades, e dava de olho aos cabos, seus subordinados, para que se não esquecessem de cumprir as instrucções recebidas, votando no candidato ministerial.

Approximava-se a hora, e principiavam os trabalhos para a constituição da mesa. O parocho, o administrador e o regedor foram occupar o seu logar. Ficou presidente o brazileiro, e o resto da mesa formou-se d’entre as duas parcialidades.

Emquanto se organisavam assim os trabalhos, eram discutidas no adro as probabilidades da victoria.

N’um dos grupos formados, junto da porta da igreja, por os partidarios do brazileiro, dizia-se:

— Vencemos por uma maioria de mais de duzentos votos; verão!

— Só a freguezia de Pinchões enche-nos ahi a urna.

— E estará bem seguro o morgado?

— O sr. Joãozinho!? Ora! Está de ferro e fogo contra o conselheiro.

— Pois se te parece! Depois d’aquelles mimos que lhe fizeram na taberna, e do que d’elle se tem dicto no Mosteiro!...

— Não é só por isso. Elle já estava do nosso lado, desde que soube tinham deitado abaixo a casa do herbanario, e que o pobre homem estava succumbido de todo.

— É verdade! ahi temos mais um a votar contra o conselheiro d’esta vez.

— Quem? O Vicente? Esse sim. Então não sabes que o pobre velho já se não levanta da cama?