logo com franqueza e por uma vez. Bem sabe que estou às suas ordens! . . .

— Às minhas ordens!... resmungou o infeliz. Às minhas ordens!. . . Tem graça! Preferia estar eu às suas, como estou, mas que lhe não ouvisse a cada instante palavras duras apoquentadoras. . .

Alzira perdeu a paciência.

— Oh!basta!exclamou. Que impertinência! Está sempre a queixar-se. . .

— Queixo-me com razão— retorquiu ele, por sua vez irritado, e fazendo-se vermelho. A condessa bem sabe que a minha ligação com a senhora não foi um simples impulso dos sentidos!...

— E que tenho eu com isso?... interrogou ela, apertando os olhos. Que tenho eu com os motivos que o levaram a ligar-se comigo?. . .

O marquês, coitado! já se não podia conter, e prosseguiu com a voz trêmula:

— A senhora bem sabe que, para ficar a seu lado, tive de sacrificar tudo que de melhor e mais sagrado possuía no mundo! Sabe que esse amor invencível que a senhora me inspirou, foi a causa da morte de minha esposa e será a desgraça de meus filhos.

— Mas o marquês também sabe e há de convir, replicou Alzira, que eu não tenho culpa alguma em tudo isso! Há de convir que não dei o menor passo, nem empreguei o menor esforço, para