— E é a senhora quem me diz isto?!. . . exclamou o marques, abrolhando os olhos.
— Certamente, respondeu Alzira, com toda a calma.
— No entanto, volveu ele, a condessa, sabe perfeitamente que eu a tudo me resignaria, se a senhora fosse para mim um pouco mais amorosa... eu tudo perdoaria, se. . .
— Perdoaria?. . . mas eu é que não quero o seu perdão para cousa alguma. . . Não me sinto absolutamente culpada.
— Pois devia sentir-se! disparatou o fidalgo, fazendo-se outra vez vermelho. Tenho o direito de ser tratado melhor nesta casa!
Alzira olhou para ele sem voltar o rosto.
— Minhas palavras são amargas?... disse. É o senhor quem as provoca. . . Quantos aos meus atos— são irrepreensíveis!...
Esta última frase teve o encanto de transformar 0 marquês.
— Tudo isso, resmungou o queixoso, prova que a senhora nunca sentiu por mim o menor vislumbre de amor . . .
Alzira soltou uma gargalhada sincera.
— Ora, marquês, não me faça rir! disse depois, cobrindo o rosto com o lenço.
— Não é debalde que todos a citam como a mulher mais insensível do mundo!
— Mas por que razão queria o marquês que o amasse? . . .