— O médico proibiu de contar ao senhor vigário e não a mim. . . Ora essa!

— Não sei! Prometi de não contar, não conto a ninguém!

— A tia Salomé terá receio de que eu também fique com a bola virada ao ouvir a tal história?. . . Se o caso é esse perca o receio e desembuche, que eu cá respondo por mim!

— Mas é que eu de nada sei, homem de Deus!

— Não sabe?. . . Então a que vem a recomendação do doutor?. . .

— Naturalmente cuida que estou a par de tudo. . . E confesso que já agora não se me dava de saber que história é essa, que põe a gente com o juízo transtornado . . .

— O que me parece, tia Salomé, é que para o vermos doido, não é preciso que vossemecê lhe conte a tal história!.. .

— Para longe o agouro, mestre Jerônimo!

— Ora! Um homem que anda sempre como se estivesse dormindo em pé!... Suponho que nem dá pelo que se passa em redor dele. . .

— É um santo!

— É! por isso anda sempre lá pelo céu, com a lua.

— Credo, mestre Jerônimo! Isso não se diz. Você está ficando ateu!

Foram interrompidos pelo Dr. Cobalt, que surgiu por entre moitas de verbena, a olhar misteriosamente para todos os lados.