— Onde está ele?... perguntou ao ouvido de Salomé. Saiu para a rua?. . .

— Não, Sr. Doutor, está rezando às Trindades. O senhor vigário, sempre que não diz missa, reza às Trindades.

— Você nada lhe disse, hein?. . .

— Não trocamos palavras. Ele só saiu do quarto para ir direitinho para a capela.

E, como o sino principiasse a tocar, a criada acrescentou:— Acabou a reza! O senhor vigário vai voltar naturalmente.

— Bom! bom! disse o médico, apressando-se. Vou, antes que ele chegue. Não lhe diga que estive aqui, percebe?

— Sim, Sr. Doutor.

E Cobalt resmungou contrariado:

— E eu que tenho de partir esta noite para

Paris... Diabo!

Voltou-se para Salomé e falou-lhe de carreira:— Olhe, minha amiga, preciso afastar-me daqui, não sei por quanto tempo. . . você fica encarregada de, quando eu voltar, dar-me conta de todos os passos do nosso doente. Tenha todo o cuidado com ele, que a recompensarei. Não o contrarie nunca, ouviu?... Não o apoquente, e principalmente não lhe dê uma palavra a respeito do que se tem passado. Observe-o bem. Adeus. Saio aqui pelos fundos da casa, para me não encontrar com ele Tome para o rapé!