O resto desse dia passou-o Ângelo em piedosas visitas aos pobres de Monteli. Só ao cair do sol tornou à casa, prostrado de fadiga e torturado pelas suas favoritas agonias.

Salomé trouxe-lhe o jantar, em que ele, como de costume, mal tocou, para recolher-se logo às suas orações defronte do altar da Virgem.

Às sete horas deitou-se cansado e adormeceu logo, precipitando-se no sonho, como se acordasse da vida.

Alzira esperava lá por ele.

— Ah! enfim! exclamou ela, abrindo-lhe os braços e apresentando-lhe os lábios. Tremia com a idéia de que te demorasses! . . . Não imaginas como estava impaciente por tornar a ver-te!. . . A imobilidade a que me vejo condenada durante as horas do dia, é para mim indefinível tormento!. . . Maldita seja a sepultura!. . .

— Mas eu me não demorei!. . . observou Ângelo. Adormeci pouco depois de anoitecer... Não seriam mais de sete horas quando. . .

— Tens razão. Não percamos tempo! Partamos.