casa do presbítero arrastados pela fé no milagre, a esses o sincero pároco falava francamente e dizia-lhes que— Milagres, só Deus os podia realizar, porque a tanto chegava o seu infinito poder; mas que ninguém devia levar tão longe a vaidade, que se julgasse digno de provocá-los ou merecê-los, sem incorrer em desagrado aos olhos do Senhor, que só amava aos simples e despretensiosos.

Que voltassem para os seus lares! exortava-lhes Ângelo, que voltassem para os seus lares!... Os homens para o trabalho que dá o pão de cada dia, e as mulheres para junto dos seus filhos e dos seus deveres de esposa.

— Ah! dizia abertamente, sem armar ao menor efeito. Ah! meus irmãos! quando o lar é abençoado e honesto, não precisa que venham buscar Deus aqui tão longe; Deus irá lá ter espontaneamente e far-se-á lembrado a cada instante. Sejam bons e leais, e Deus será convosco! Não o ofendam, pretendendo que eu faça o que só ele tem o direito de fazer!

Este modo de proceder era a pior arma que Ângelo podia vibrar contra os seus adversários, porque neutralizava o pábulo da maledicência; mas os molinistas, assim que deram com isso, mudaram de tática e começaram a persegui-lo por outra face.

Um dia o presbítero ficou muito surpreendido, quando na rua gritaram atrás dele: