não deixava parentes, carregar com ele para a casa de uma família pobre, que se quisesse encarregar da sua criação.
Imagine-se o que não fizeram os seus adversários com todo este, combustível para a intriga.
Por tal modo tramaram e conspiraram contra Ângelo, que o público começou a prevenir-se contra ele,
e afinal, quando depois viam atravessar lentamente pela estrada o seu triste vulto contemplativo e enfermo, segredavam já em voz brejeira:
— Anda apaixonado!... Não se consola da morte da viúva!. . .
Ângelo seguia em silencio, indiferentemente, sem distinguir o murmúrio da calúnia que lhe esvoaçava em torno dos pés.
Mas os seus contrários rosnavam, ameaçando-o:
— Ah! Finges pouco caso?. . . Pois deixa estar que te mostraremos quem pode mais: tu ou nós!
Era bem singular esta luta de alguns padres, apercebidos com todas que Milagresas armas da intriga, contra aquele pobre cura indiferente à maldade humana, caminhando abstrato pelo seu destino, com a alma inconscientemente caída por terra, e os olhos da razão postos no céu.
E, não obstante, os padres lá iam para a frente, ganhando terreno contra Ângelo e agitando de Monteli até Paris os seus estandartes de difamação. Quanto aos romeiros, quanto aos que vinham à