fez desses passeios. Mal acaba o que tem de aviar aí por fora, volta logo para casa e, chegando a noite, deita-se, haja o que houver! . . .

— E dorme logo?. . .

— É deitar-se e pegar logo no sono.

— E o sono é sossegado?. . . é profundo?. . .

— Pode vir a casa abaixo, que ele não dá por isso! Só desperta na manhã seguinte, ao raiar do dia. E nunca vi procurar a cama com tamanha sofreguidão! . . . Até parece moléstia, Deus me perdoe!

— Singular!.. . muito singular!. . . resmungou o doutor, sem largar o lábio.

— Nem sei o que me parece aquele modo de dormir!... tornou a criada, com um suspiro em que denunciava toda a sua tristeza pelo estado do amo. Tenho meus receios de que haja praga! Virgem Santíssima! Há no mundo tanta boca danada, e o senhor vigário tem sido perseguido pelos padres que vieram de Paris!...

Cobalto, interrompeu-a.

— Ele não lhe tem contado nada a seu respeito, minha boa amiga?. . . perguntou.

— Qual nunca esteve comigo tão fechado como agora. . .

— É singular!... resmungou o médico. É singular!... Os fenômenos que observo neste enfermo, desmentem as minhas experiências já feitas nos hospitais! . . . É um caso singularíssimo de histeria