teus sonhos libertinos, é loucura! Compreende bem, Ângelo! — Loucura!
— Meu Deus! exclamou o moço, deixando cair a caveira dentro do túmulo, e sentindo fugir-lhe a luz dos Olhos. Meu Deus, valei-me.
E baqueou no chão, abraçando-se à lápide.
Ozéas precipitou-se sobre ele, para socorrê-lo.
— Ângelo! chamou. Animo! animo, meu filho!
O pároco não deu acordo de si.
E o pobre velho apalpou-lhe o rosto e o coração.
— Perdeu os sentidos! disse aflito. Valha-me Deus! Valha-me Deus! Como lhe hei de valer? Se eu tivesse ao menos um pouco de água. A sua fronte escalda de febre!
E correu os olhos em torno, desesperado por ver somente a morte em volta do seu desespero.
— Ah! exclamou com uma idéia. Na capela! Talvez encontre o guarda! . . .
E procurando estugar os seus cansados passos de ancião, afastou-se deixando Ângelo abraçado à lousa de Alzira.
Ângelo ergueu a cabeça ao fim de algum tempo e contraiu-se todo, ajoelhando-se na terra.
Todo ele tremia.
Aos seus olhos desvairados, um terrível espetáculo se patenteada naquele instante.