alturas não lhe apontava a memória qualquer pessoa que fosse capaz desse crime.

Além disso, porque o depunham à porta de um mosteiro, frio lugar onde só havia alguns pobres religiosos sem recursos para nada?. . .

Era como se o lançassem ao surdo portão de um cemitério!

Qual seria a mães tão néscia, que, procurando passar seu filho às mãos de quem o pudesse fazer viver, fosse procurar um lugar onde eram crime a voz e o choro desses anjinhos da terra?...

Então uma estranha idéia acudiu ao espírito sobressaltado do infeliz frade.

Quem sabe, pensou ele; se esta inocente criatura, será um enviado de Deus?. . . Sim! Sim! bem pode ser o Senhor misericordioso, compenetrado da sinceridade do meu arrependimento e da amargura da minha dor, me enviasse dos céus este meio de resgate para minha alma! . . . Sim! Sim! eu, que não consegui ser um padre digno e puro; eu, a quem faltaram amparo e forças para lutar com as tentações mundanas, tenho aqui, nesta pequena porção de carne imaculada, o cabedal para fazer um sacerdote casto e sagrado, como eu devia ter sido e não fui!

E Ozéas como que se encontrava a si mesmo, encontrando aquela criatura angélica.

Era Deus, sem dúvida, que o restituía ao berço e ao seu supremo estado de pureza, para que ele