No dia marcado para a missa nova de Ângelo, a catedral de Paris, onde devia ela efetuar-se, começou desde muito cedo, a encher-se de gente de todas as classes, desde a mais alta até à mais baixa camada social.

Iria o rei, e com ele lá estaria, sem dúvida, a corte em peso. A corte arrastaria o que de mais brilhante houvesse no alegre círculo das loureiras; estas, por sua vez, chamariam atrás de si um mundo de namorados, de poetas, de artistas e folgazões, aos quais acompanharia espontâneo o povo, sempre curioso e ávido de festas.

Num dos longos corredores laterais da sacristia, corredor abobadado e feito todo de pedra, o Dr. Cobalt conversava tranqüilamente com um padre velho chamado Azarias, e com um sacristão que se mostrava muito entusiasmado com a escandalosa e original fortuna do seminarista.

O médico não tinha perdido a sua calma habitual; dir-se-ia que ele estava ali mais para observar do que para se divertir. Com os seus