a subjugava; ela não tinha coragem, nem mesmo vontade de subtrair-se à sua influência.
Quando Amélia, conduzida por Leopoldo, se dirigia a uma cadeira, D. Clementina aproximou-se:
— Ah! Eu queria apresentá-lo, disse a Leopoldo; mas não teve paciência para esperar.
Depois reclinando ao ouvido de Amélia, perguntou-lhe:
— Então? Não lhe disse que a achava muito bonita?
— Ao contrário, D. Clementina; deu-me a entender que me acha horrível.
— Ande lá.
— Deveras!
— É impossível.
Amélia, sentando-se, evocou a lembrança de Horácio, para fazer no seu espírito o paralelo entre o elegante leão e o estranho mancebo com quem acabava de dançar. Um tinha todas as prendas que seduzem a imaginação: era formoso, trajava com esmero, conversava com muita graça. O outro não possuía nenhum desses atrativos; seu exterior alheava as simpatias;