— Em uma vitória?
— Sim.
— A outra era mais baixa?
— Não afirmo.
— Adeus.
O leão separou-se do amigo, e repassando as particularidades de sua conversa com Amélia perto do bastidor e no dia do jantar, começou a combiná-las com as informações de Leopoldo e com as circunstâncias do encontro no Passeio Público, onde vira o sinal impresso na areia pelo mimoso pezinho.
Agora, fumando seu charuto depois do jantar, o leão resumia todas as suas reflexões, e chegava a este resultado:
— Decididamente o pezinho é de uma moça que ia com Amélia, no dia em que se perdeu a botina e no dia em que eu a vi de longe no Passeio Público. Essa moça, cuja inicial é um L, não é outra senão Laura. Aquele pudor feroz era um indício infalível. Amélia procurava imitá-lo por motivo bem diverso: mas não o conseguiu.
O moço chegou-se à banquinha onde estava o cofre de pau-rosa e contemplou a botina.