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siladas, vós mesmas armai em sua defeza vossos espazos com a espada , o mosquete, e a bayonneta.

Ensinai á sua voz térna as palavras de mizericordia que consolão o infortunio, as palavras de patriotismo que exaltão as almas generosas , e de vez em quando susurrai ao seu ouvido o nome da sua mãi d’adopção.

Mais Brasileiras, eu vos confio este preciosissimo penhor da felicidade de vosso paiz , e de vosso povo : ei-lo tão bello e puro como o primogenito d’Eva, no paraiso. Eu vo-lo entre-go. Agora sinto minhas lagrimas correr com menor amargura.

Ei-lo adormecido. Brasileiras ! Eu vos conjuro que o não acordeis antes que me retire. A boquinha molhada do meu pranto, ri-se à semelhança do botão de rosa ensopado com o orvalho matutino. Elle se ri , e o pai e a mái o abandonão para sempre.

Adeos Orphão-Imperador , victima da tua grandeza antes que a saibas conhecer. Adeos Anjo d’innocencia, e de formosura !! adeos! toma este beijo! e este...... e este ultimo!, adeos! para sempre! adeos!