O velho tinha acabado a sua história, que eu ouvira com uma atenção religiosa:
— Por isso é que tanto me alembrei dele!... Foi ali mesmo, assim todo vestido de preto, que me apareceu pela primeira vez.
Não escutava mais o pescador; estava cheio da idéia de possuir os manuscritos que me faziam palpitar, como se fossem um tesouro. E eram realmente um tesouro para mim.
— Diga-me!.. É capaz de acertar com o lugar em que enterrou a caixa?
— Com os olhos fechados!... Os anos que foram já apagaram muita cousa, mas aqueles tempos de menino, parece que estão voltando!
— Pois venha mostrar-me.
O velho ergueu-se. Saímos do convento e beiramos a parede que olha o mar. Depois de alguns passos, ele parou.
— Por que é