sua critica, quando é superior, quando é frisante e verdadeira, é quando elle a executa pelo mesmo processo magistral de que usa nos seus livros descriptivos.

Então sim, porque a licção ressalta naturalmente do aspecto exterior das cousas.

A toilette d'uma lisboeta aperaltada; a mobilia aprumada e symetrica d'uma casa burgueza; a sessão d'uma assembléa constitucional; o interior d'uma botica sertaneja; a apparencia d'uma egreja de cidade em dia de festa, etc., etc., etc., dão-nos a impressão directa e viva dos sentimentos, que todas estas cousas traduzem ou com os quaes todas estas cousas se relacionam.

Pelos puffs exaggerados, pelos altos tacões dos sapatos esticadissimos, pelo chapeu inesthetico, pelo espartilho ridiculamente apertado, por todos estes deploraveis symptomas d'uma imbecilidade que já vem de muito longe, comprehende-se tudo que o escriptor nos quer demonstrar: falta de educação, falta de gosto, falta de modelos artisticos,